terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Urbano

Imponentes prédios, relevante tedio,
O dia passa devagar enquanto tudo passa,
O transito parado, metro lotado, vida escassa,
O tempo voa as vezes para, doente sem remédio.

A saúde as vezes caminha na praça, 
Sem tempo irmão, amar se torna sacrilégio,
A conquista espera ter seu próprio prédio
E o olhar de quem envelhece o céu transpassa.

Urbana busca de dignidade frente o assedio,
Luzes câmera as vezes inatos perante a farsa,
Felizes por ter a alegria de um padrão médio.

Por vezes tristes por sumir em meio a massa,
Onde encontra o ser o seu melhor intermédio,
Como pode o humano ter o que lhe satisfaça.

23/02/2021



segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Por Enquanto

O momento é apenas uma coleção, 
De segundos a espera de algo Vindouro,
A solução para mudar chumbo em ouro,
Ou a cura para toda a dor do coração.

Os enquanto em um incontável estouro,
Eclodem a enlouquecer quem era são,
Eles dizem vai passar, já sem emoção,
Apenas repetem como que em um coro.

Dias melhores, ah sim! na certa eles virão,
Mas por enquanto o tempo e um tesouro,
Quem o tem ao menos o guarde em canção.

Por enquanto, tudo se faz pleno lavoro,
Nesta busca de fazer não ser em vão,
E tornar o que pode ser bom, duradouro.

22/02/2021



domingo, 21 de fevereiro de 2021

Medo em Primeira Pessoa

Eu tenho medo do querer e decepção,
Tenho medo do ódio acumulado,
Do rancor que fica no peito guardado,
Tenho medo do que deteriora o coração.

Que torna o humano ser tão incontrolado,
Abala o pensamento e a própria razão,
Torna o leve cordeiro em um voraz Leão,
Medo quando o bode expiatório é usado.

Interprete-se como queira tal percepção,
Medo e ódio de uma moeda o mesmo lado,
A simples cara de um povo ou uma nação.

Julgamento do que é visto e interpretado,
As vezes reflexo até de mera manipulação,
Sombras presentes das dores de um passado.

21/02/2021






 

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Sustento

Em tempos difíceis tudo e difícil,
Falta o luxo falta as vezes o sustento,
A alguns falta ate o próprio alento,
Seja na roça, comunidade ou edifício.

Há quem mendigue ate o afeto,
Por mera atenção faz sacrifício,
Na busca de ser visto em seu oficio,
Rasteja por migalhas em desafeto.

Há quem perca a fé se renda ao vicio,
Quem busque pedir em outro dialeto,
Ou busque usar de algum armistício.

Roubam a cena e algo na selva concreto,
Tentando justificar o sua ação ou artificie
Gritando que sustento talvez ignore o certo.

19/02/2021