domingo, 20 de novembro de 2016

Pré Conceitos

Não Julgue o belo sem saber,
Não pense sem se informar,
Não julgue sem conhecer,
Não Ame sem se declarar.

Qual o espaço do antes,
Como saber sem viver,
Previsões só são existentes,
Depois que vierem a acontecer.

Mas evitar o preconceito,
Se achas certo o que pensas,
Como mudar um conceito,
Se tudo lhe diz a imprensa.

Desnecessárias palavras,
Fazem conceitos infiéis,
Seguem nas ruas e casas,
Conceitos da vida e viés,

Um dia talvez pele e cor,
E qualquer outra opção,
Não faça diferença no amor,
E se funda ao que se vê no coração.

Até esse dia se faz urgente,
Que a consciência se lembre,
Que importa mais, o que tem a mente,
Do que o que olhos imaginam sempre.

Que o olhar seja igualado,
Que o caráter seja mais visto,
E que antes de ser julgado,
Todos possam pois, ser ouvidos.


20/11/2016



sábado, 19 de novembro de 2016

Necessidades


Planos, muitos planos,
Deseja-se todos realizar,
Anos poucos anos,
E o que se quer gastar.

Tempo caro amigo,
Usa o freio sem medo,
Pare e reflita consigo,
Pare de voar em segredo.

Deixa que mais algo aconteça,
De que lhe serve a pressa,
Não mais permita que pereça,
Tudo que a tantos interessa.

A casa, o carro, o dinheiro,
Trabalho para pagar o tempo,
Tem gente que pensa ligeiro,
Mas passa rápido o momento.

A Água mata a sede,
Mas nem sede dá para sentir,
Calma tempo, deite-se à rede,
Deixe mais tempo para sorrir.

Deixa o desejo rolar,
As bocas se beijarem mais,
Não deixe as palavras no ar,
A gente precisa é da Paz.

Não dessa pressa sem freio,
Nem de esquecer de tudo, droga,
Tempo pare com seus arrodeio,
Senão em ti o mundo se afoga.

19/11/2016



sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Espaço Continuo


Parado tudo parado,
Descanso, tudo descansa,
Dia de repouso passado,
Perdida a mente se cansa.

Pensa e se nada faz,
Repousa para e reflete,
Espelho então se desfaz,
Reflexo do que não compete.

Incompetente mentira,
Nada para no contínuo,
Para alguns só se retira,
A pressa e o oportuno.

Contínua dúvida da razão,
Só é certo a necessidade,
Orquestre-se nova canção,
Para não cessar a continuidade.

Solução tem que vir de momento,
Refeição deixa-se para outrora,
Alimenta se o sistema no intento 
De se recorrigir o que era agora.

Cortes no tempo e no gramado,
Para compor nova visualização,
Fica a Folga presa no passado,
Continuo Espaço é quase Ilusão.

Para continuar executando,
O que necessário então será,
Continua o Tempo passando,
O que tiver que vir então, virá.

18/11/2016



quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Quebra Cabeças

De peças a vida se faz,
De dias que o mundo se vai,
O tempo quem sabe, jamais,
Expande-se tanto quanto contrai.

Viver é uma arte em pedaços,
Montada entre mil tentativas,
Unindo sucessos e fracassos,
De sonhos se monta a vida.

Quebrados os sonhos se juntam,
Cola perto, junto e solta,
Cada peça é teatro dos que lutam,
Cada cortina e uma nova volta.

Recomeço do que não tem fim,
A gente repensa o que quer,
Aprende com quem foi enfim,
A vida é Homem e é Mulher.

E o querer e o doce sabor,.
De beijar a quem se ama,
Da beleza é a eterna cor,
A flor que remonta em seu drama.

Florir e o auge da beleza,
Desmontada é que se faz semente,
Enquanto a alguns é frieza,
A Outros o Belo é o recente.

A beleza só é eterna completa,
Se vista em todos seus planos,
Quebra cabeças são como indireta,
Enxerga quem monta sem enganos.

17/11/2016



quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Segredo

Pra que pensar no impossível,
Se tudo possível pode ser,
Pra que imaginar o terrível,
Se o Maravilhoso é melhor viver. 

Atrair tudo de belo,
Sonho, ou algo tangível,
Perder-se em castelo,
Ser rei e ser Elegível.

Venham os Tesouros,
Da vida, do olhar e desejo,
Afaste-se a tempestade,
Eis o eterno ensejo.

Queira mais, mas sem egoísmo,
Foco no centro da busca,
Sem pensar em extremismo,
Olhar demais a luz ofusca.


Guarda pra ti o Fracasso,
Faz dele algo positivo,
Não precisa humor de Aço,
Mas sim estar sempre ativo.

Pronto a fazer de um tropeço,
Chance de Aprendizado,
Demais se perca em arremesso,
Ao longe do que é atrapalhado.

Traga às vidas boas novas,
A quem se reserva um segredo,
A vida é feita de provas,
E a avaliação é enfrentar o Medo.

16/11/2016




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terça-feira, 15 de novembro de 2016

República


Publique-se nos Anais,
Que este não é só um dia,
Registre-se nas formas tais,
Necessárias além da Poesia.

Diga-se de passagem,
Oficialmente sem suspeita,
Que Forças Ocultas interagem,
Interesses se escondem a Espreita.

Que somos apenas peças,
Num xadrez quase sem sentido,
Que sentimos coisas inversas,
Que odiamos todos os partidos.

Quando apenas se decide,
Mudar a ordem de um país,
Sem opção de nenhum revide,
Sem nada que a gente quis.

Publicado nos meios oficiais,
Que Republica agora somos,
Não há mais, menos ou mais,
Por erro d’outrens pagamos.

Forças ocultas mudam o rumo,
Quando querem, deste Estado,
Deixando no estado sem prumo,
Danem se os antes explorados.

Morram os escravizados?
Importa a soberania?
Será que ainda há passados?
Nas Mão de quem os rumos guia?

15/11/2016



segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Recesso


Ainda não era feriado,
Mas o descanso e permitido,
E se a chuva cai ao lado,
É valido ter muito, dormido.

Em uma ida que não volta,
Mesmo a quem vive em regresso,
Dia de emenda pra quem pode,
Dia do que chamam de recesso.

E o que passa é só o sono,
Ponteiros marcam o tempo,
E a espera já sem plano,
Segue seu ritmo lento,

Segunda tranquila que segue,
Sem sol e sem muito destino,
Sem ter missão que se pregue,
Apenas um dia sem desatino.

O mundo tem seus feriados,
A vida tem seus tropeços,
O sol tem seus dias nublados,
E tudo em seus endereços.

Recessivo domínio do descanso,
Seja dia ou noite seja,
Bravo e leve, forte ou manso,
Tudo que e bom se deseja.

Apenas mais um dia,
E um Poema por dia diverso,
Quem entende o que é poesia,
Quem em prova compreende o verso?

14/11/2016


domingo, 13 de novembro de 2016

Gotas


Pingos de um sentimento,
Pouca gente enfrenta a chuva,
Gotas de um só tormento,
Nem tudo cai como uma luva.

Dia parado e vazio,
Parado tudo e todos,
Cheios somente os rios,
Removendo até os lodos.

Palavras estranhas,
Silencio gritado,
Perdidas entranhas,
E um mundo entediado.

Chove lá fora e aqui,
Cada um faz o que tem,
Limpar, cuidar e ir,
Fugir de um eterno amem.

E o que será do que pinga,
Pinga as gotas da chuva,
Tem gente que molhado xinga,
Gente que brinca e Pula.

Gotejando cada sonho,
A vida passa tão rápido,
Nem tudo segue nos planos,
O destino as vezes é intrépido.

"Sing in the Rain" no agora,
Gotas de uma reflexão,
Segue a chuva aí afora,
E o tempo se esvai então.

13/11/2016



sábado, 12 de novembro de 2016

O Que É Digno


Se o trabalho é um peso,
Digno é o trabalhar,
Se Amar é um desejo,
Digno se faz o Amar.

Amanhã é só projeto,
Ontem já se passou,
Digno de ser concreto,
É o novo dia que raiou.

Dignifica o homem,
O ato de esforçar,
Matar com as mãos a fome,
Ânimo ao se levantar.

Viver leva isso como parte,
Acordar partir ir à luta,
Seja pensando ou por arte,
Trabalhar é força conjunta.

Olhar o amanhã e desejar,
Ter vontade de construir,
Um futuro a se invejar,
Digno é poder sorrir.

Digno é ter o que comer,
Fazer da fome só momento,
Tornar possível o querer,
Ter desejos sem tormento.

Digno é ser criação,
Celeste, de existir vontade,
Digno é acalmar o coração,
É dizer e ouvir a verdade.

12\11\2016



sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Quantas Faces

Quantos rostos e sonhos,
Quantos desejos e vontades,
Quantas loucuras e planos,
Deus, quanta falsidade.

Entre frias preces,
Ideologias roubadas,
Tudo aquilo que teces,
Pode ser tudo ou nada.

Tu que te achas injustiçado,
O que deseja? Seja sincero,
O que esconde seu passado,
Onde se perde seu esmero.

Meras palavras ao léu,
Insana história inexistente,
Se te achas digno do céu,
Por favor, mentiras não invente.

Sete estrofes em perfeição,
E só o necessário neste momento,
Pra acessar firme o coração,
Com a chave de um novo intento.

Invente novos rumos,
Usa palavras pra construir,
Põe em ordem seus prumos,
Refaz o que lhe faz sorrir.

Não crie mais olhares perdidos,
Gere com a vida seus enlaces,
Sinceridade faz brotar amigos,
Falsidade revela outras Faces.

11/11/2016


quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Quintas

Se estiver cinza,
A tempestade passa,
Voz tão linda desliza,
Em seu leve tom que abraça.

Quintas e suas macarronadas,
Cardápio de todo paladar,
Ao som de sexta, embaladas,
Murmúrios e formas de olhar.

A procura de quem se motiva,
Os dias estão pra todos, deseje,
Mas quem, da vida se esquiva,
Provável então, que só se queixe.

Quintas e seus medos,
Planos ainda incompletos,
Loucos e seus segredos,
Dúvidas sobre os corretos.

Não será sexta e seu brilho,
Apenas um passo antes,
Canção sem estribilho,
Relatórios e seus levantes.

Quintetos, quartetos e trios,
Soma se tudo com a vida,
Seus Calores e seus frios,
E essa gente tão entretida.

Nem vê que a semana se vai,
Deseja que venha a sexta,
Mas a quinta está no que esvai,
E quem não percebe é meio besta.


10/11/2016


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Pensando Alto


Quem por ti não é,
Por si talvez seria,
Quem não tem fé,
Não crê em poesia,

Tempo e normas,
Limites dados ao ser,
Valores e formas,
Limitam a todo querer,

Quero-quero,
Quer só agora,
Fogo e ferro,
Nada informa.

Olhar solto,
Olho aberto,
Tudo morto,
Longe e perto.

Seca o verso,
Palavras caem,
Tudo disperso,
De folhas saem.

O pensamento,
Esse barco de partida,
Em seu julgamento,
Deixa a mente Perdida.

Pense logo, desista,
Descarte tudo que prende,
Corra pensando na pista,
Rumo ao bom que surpreende.

09/11/2016



terça-feira, 8 de novembro de 2016

Passaros


Canto solto no ambiente,
Sente o céu, sente o sorriso,
Canto puro a gente sente,
Cantam os pássaros paraíso.

Aos ninhos o segredo da vida,
No ar o doce desejo disperso,
Em tudo saudades, querida,
A vida não passa de um verso,

Canta o trinar em um voo,
Na voz da natureza absorta,
Liberta-se tudo que passou,
E tudo que lhe prejudica corta.

Pássaro que voa liberto,
Solto pela cidade e campina,
Não importa quão longe ou perto,
Sua voz chega em uma só doutrina,

Onde mora, só o céu sabe,
Tudo que tem são suas penas,
Pena que nem em tudo cabe,
As penas dadas a almas serenas.

Canto livre de uma águia, 
Ou de um mero sabiá,
Sempre é canto e se faz guia,
Passaredos a assoviar,

Em que voa o pensamento,
Quando preso aos passarinhos,
Tudo passa morre o momento,
Tudo vive em novos Ninhos.

08/11/2016




segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Valores


Quanto vale uma nota?
Preta nota, nota Preta,
Se o que bate na porta,
Negra lista, lista negra.

Quanto vale um sorriso?
A compra do supermercado?
Qual o valor do paraíso?
Que Eva estará a seu lado?

Quanto vale um beijo?
 Aquela ida aos bancos?
Quanto custa um bom queijo?
E a fome que levam aos trancos?

Quanto vale a nota rasgada?
A vida sofrida e surrada?
Quanto vale seu tudo e nada?
Que valor teria o fio da espada?

Qual o preço de uma noite?
E o custo de um sorriso?
Valor de uma dama na corte?
Amor eterno no paraíso.

Quanto vale um olhar, um toque?
O que será que se vê escondido?
Quanto vale a câmera o enfoque?
Qual o valor de narrar o acontecido?

O que é que vale a verdade?
Qual o custo do erro e do acerto?
Quem paga pela insanidade?
Qual o preço para diminuir o aperto?

07/11/2016




domingo, 6 de novembro de 2016

Por Aí Afora


Tenso é cada momento,
Uma coisa de cada vez,
Tudo ao mesmo tempo,
Torna nada tudo que se fez.

Tudo rápido não tem graça,
Tudo às pressas só dá medo,
Demorar demais já é pirraça,
Tenso seria guardar segredo.

Mas o que seria do futuro,
Se o agora fosse momento,
Medo de cada resposta,
Coragem fabricou cada invento.

Ei o que estás fazendo,
Muito e nada de uma vez,
Medo do que está acontecendo,
Medo do que já se desfez.

Isso passa então, resumo,
Se passa já é passageiro,
As palavras não têm prumo,
São apenas um mundo inteiro.

Pouco ou muito isso seria,
Depende do olhar do freguês,
Se despertar cada dia,
Meio mundo é mais que um mês.

Sem sentido o que seria,
Se o que tu sentes é só o Agora
Santo Deus, quanta agonia,
Se vê no mundo por aí afora.

06/11/2016



sábado, 5 de novembro de 2016

Aquele dia


Tanta coisa solta no ar,
E o verso solto na cabeça,
Vontade de procrastinar,
A vida, o dia ou sei lá, esqueça.

Dia de esfriar a mente,
Pensar sair dar uma volta,
Comer beber e de repente,
Voltar dormir fechar a porta.

Dias passam voam soltos,
Quando se vê já e novembro,
A vida corre todos envoltos,
Em seus problemas só correndo.

É sábado e domingo já vem,
Tanta gente se faz santa,
Preso no ato de dizer amém,
Outros sem mapa e nem planta.

Construindo algo que, nem sabe,
Horas felizes de quem sorri,
Hora perdida que nem cabe,
Num poema como esse aqui.

Aquele dia que se esquece,
Quem um verso faz lembrar,
Um poema por dia se tece,
Mesmo com pouco a falar.

Afinal viver é um jogo de palavras,
Onde os atos tomam sintonia,
O que seria de todas as vidas,
Se não existissem aqueles dias?

05/11/2016