domingo, 14 de junho de 2015

Poema da Verdade


Não quero ser poeta,
Se for para falar de amores,
Quero coisa mais concreta,
Quero beijos, quero flores.

Eu esta coisa, certeza incerta,
Monocromática das cores,
Que em seu próprio sangue injeta,
Venenos dos Desamores.

Poeta surdo de rima,
Cego de amor e de paz,
Tinta inerte que imprima,
A impressão de tudo que jaz.

Definitivamente, não quero,
Assim, não quero ser poeta,
Poesia, vem com esmero,
Do céu, é obra quase direta.

Me arriscaria em um inferno,
Dizer que Deus é poeta,
Verão que se faz inverno,
Planta que é flor incerta.

Quero ser semente ao chão,
Vislumbrar em palavras o sonho,
Recitar, para acender um coração,
E espalhar vitórias por anos.

Levar palavras pelos caminhos,
Onde o deserto de sentir, domina,
Fazer brotar, florescer sorrisos,
Nos lábios de quem desejou Morfina.

14/06/2015



segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ensaio sobre a idade


Fatalidade,
Nascer em Natal Idade,
Nascido numa Cidade,
Crescer ouvindo a verdade.

Sinceridade,
Aprender solidar Idade,
Sonhar ver a Caridade,
Invadindo a Humanidade.

E Vá Idade,
O tempo e sua Anuidade,
Carrega a Dificuldade,
Relembra a Tranquilidade.

Débil Idade,
Quando morre a simplicidade,
E na mente a velhice invade,
Perturbando a Serenidade.

Este número, a Idade,
Que sem piedade,
Segue, então Vaidade,
Some-se a Caridade.

Desta assiduidade,
Que todo dia a vida invade,
Presença de Amizade,
Fraterna Fraternidade.

Comemoro minha idade,
Somando a felicidade,
A o que em meu peito explode,
Riqueza e diversidade.

01/06/2015