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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Fragmentos do Tempo

Este sorrateiro sopro de vento,
Que faz de cada jovem um senhor,
Carrega suas glorias e a sua dor,
O tempo que cura é movimento.

As vezes perde-se sem louvor,
Mas é também de ensinamento,
Ideal é prender com o momento,
Ver que em tudo há poesia e flor.

O coração sofre o endurecimento,
Nem sempre a cura tem resplendor,
Mas cresce sempre o conhecimento.

Seguir em paz é o melhor favor,
O mundo já tem muito sofrimento,
Que a vida nos mostre faces do amor.

05/08/2021



quinta-feira, 23 de abril de 2020

Tantas Preces

Sem saber o que fazer,
O mundo busca ao Divino,
Ora, Reza, Vibra em seu ser,
Chora como um simples menino.

Tantas vidas já não seguem,
Os outros seguem como podem,
Rezar para os que os ouvem,
Pedir aos que fazer algo devem.

Manchetes falam do temível,
Mas sempre ha de haver esperança,
Na frente luta gente incrível,
Cada um busca uma nova bonança.

Brasil põe a mascara antes,
Pra poder mostrar sua cara,
Que acordem novos gigantes,
Mas com atitude antes rara.

Nao se trata daquele ou deste,
Quem tem fome pede sustento,
Quem pode ajuda leste a oeste,
Pra amenizar qualquer tormento.

Já não deve mais importar,
Gênero, raça ou religião,
Mesmo a distancia abraçar,
E a maior prece do coração.

Entre tantos pedidos universais,
A Família é Todo um planeta,
A Quarentena é um ato a mais,
Que estende o tempo em Ampulheta.

23/04/2020



terça-feira, 10 de novembro de 2015

Tardio


Ato passado, que transpassa,
Translúcido medo, do que passou,
Sóbria ressaca, sem cachaça,
Poesia apaixonante de Desamor.

Dia após dia, bênção ou desgraça,
Sorriso e pranto vício da mente,
Tudo que se sabe é que tudo passa,
Tudo que se quer e amor eloquente.

Quentes beijos, doce sorriso,
Já não importa o passado,
O futuro se torna pleno, tão liso,
Que tudo pode ser superado.

Parece que tudo foi esquecido,
O dia só para olhar um olhar,
Entender o quanto dói o sofrido,
Amar, querer, sorrir, sonhar.

Verbos de rimas pobres,
Mas o agir é mera conjugação,
E a riqueza tão enormes,
Quando se movimenta um Coração.

O Tempo é espada de angústia,
Afiado pela áspera descrença,
Sofre quem espera e não busca,
Já que a vida e tão curta e extensa.

Infinito seja o bom sentimento,
Em partículas mesmo que tardio,
E ontem esquecido sofrimento,
Superado e no prazer e arrepio.


10/11/2015



sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Agosto

Sabor de mudança no ar, 
Loucos Cães soltos na mente,
A calma do natural pensar,
Amargo sabor, Ilex paraguariensis.

Cafeína em dose remota,
Pra afastar o sono, o som, 
O barulho seco ar que revolta,
Mate seco a matar o que não é bom.

Ah esse agosto, Sal a gosto,
Sabor ao gosto do destino,
Ter e ser sem prazer e só desgosto.
Pra sorrir flores dão o ensino.

Pimentas aqueçam o paladar,
Que esquente o frio, um tal amor,
Ou esperança não impeça, sonhar,
Cure se com desejo toda a dor.

Ao gosto dos que amam,
O amor se faça concreto,
E aos que dele duvidam,
Encontrem seu Rumo Certo.

E que os dias corridos,
Que o ano levam em um sopro,
Possam ser bem vividos,
Na espera pelo que verte a todos.

Dias passam, dias vem,
E Agosto se vai lentamente,
Que a vida não seja refém,
Daquilo que não se Sente.



21/08/2015


quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Piscar

Não se fechem os olhos,
Sem sentir o abençoar,
Sem o maior dos sentidos,
Sem sentir o que é amar.

Se, se cerram as pálpebras,
Tantas vezes pelo dia,
Não se tornem, vistas cegas,
Os olhos de quem lê esta poesia.

Há em tudo magia bela,
Não é preciso ir tão distante,
Basta mirar os olhos na janela,
E fitar o que vê num instante.

Há casas, pessoas e parques,
Crianças, jovens e adultos,
Muitos soltos em seu viver,
Outros presos a seus Lutos.

Num piscar de seus olhos,
Podes despertar um amor,
À primeira vista, por outros,
Mas na essência, interior.

Tire a pressa de seu olhar,
Pois o correr é enlouquecido,
Só a calma pode alterar,
O que a pressa dá por perdido.

Deixa estar o que não muda,
Planta o que podes ver crescer,
Que ao piscar, o olho desnuda,
Os males que travam ao viver.


23/10/2014


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Passado

Melancolia, olhar pra traz,
Num ou outro olhar, dias a frente,
O medo, o sonho ou a paz,
Coisas que mexem com a mente.

O Futuro o que será,
O que vai ser de toda beleza,
O que o amanha trará,
De onde vira nossa riqueza.

De volta as minas do passado
Garimpando o ouro perdido,
No pensamento alado,
De tudo que já foi sentido.

O grito sai mudo da garganta,
O futuro a Deus pertence,
Feliz é a voz que ainda canta,
E todo aquele que ainda pense.

Leva onde o Destino deixar,
E me entrega o presente,
Seguro e em si confiar,
E recriar o que se sente.

O passado Espelho das almas,
Herança de todo ser vivo,
Fonte é de toda Calma,
E causa de Todo Suicídio.

Deixa a alma voar livre,
Acalma o peito e sorria,
É feliz quem o passado revive,
Pra aprender ou lembrar a alegria.

31/07/2014