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terça-feira, 17 de março de 2020

Vozes do Passado

O tempo passa e pouco muda,
Vozes do passado contaram,
Amuletos, magia e arruda,
Enquanto filosofias afundam.

Eles Aqui presentes estão,

Observando tudo que passa,
A cada declaração de união,
Ou quando ocorre a desgraça.

Eles sabem, eles passaram,

Por cada dificuldade hoje viva,
Em suas épocas enfrentaram,
Cada unica dificuldade altiva.

Gente que se foi nova,

Gente que se foi já vivida,
Hoje observam cada prova,
Que se passa na terra querida.

Pragas, vírus e pestes

Dor, Solidão e tristeza,
Pouco diferes dos testes,
Pelas leis da Natureza.

Alguns ainda guardam os seus,

Outros desejam a consequências,
Esperam que paguem os réus,
Por seus atos em suas demências.

Elas sabem, vozes do passado,

O que se passa no mundo agora,
Sábios e anciãos do Iluminado,
Observadores deste Mundo afora.

17/03/2020






quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Almanaque

Dos tempos de outrora,
Vagam hoje só lembranças,
Não havia mundo afora,
Muito do hoje até cansas.

Folhas páginas de papel,
Propagava simpatia,
Divertia com cordel,
E das piadas e que se ria.

Trazia publicidades,
Charadas pra adivinhar,
Crendices e verdades,
Nesta páginas podiam estar.

Tônicos para a anemia,
Fortaleçam a apatia,
E o povo lendo sorria,
Em cruzadas palavras dia a dia.

Chamavam de almanaque,
Pequenas doses de informações
Focadas no que se dava destaque.
E distribuía se as populações.

Eram como alguns blogs,
Davam certa liberdade,
Destacando seus enfoques,
Alegando veracidade.

Hoje são apenas memória,
Talvez quase ninguém lembre,
Assim funciona a História 
O povo esquece até quando aprende.

29/01/2020

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A Brincadeira


Eis que o tempo traiçoeiro,
Resolveu para trás andar,
Quando me deitei no travesseiro,
Como criança fui acordar.

Na escola eu tinha que ir novamente,
E lá me reencontrei com os amigos,
Sorri, brinquei, e soltei a mente,
E me escondi de alguns inimigos.

Não vi o palhaço de novo,
Pois não me lembro de ir ao circo,
Mas vi os risos e olhares de um povo,
Que fez meu passado ser tão rico.

Mesmo na estrada de terra,
Brincando na rua de piçarras,
Mesmo nunca tendo descido a serra,
Minha praia era rica de palavras.

Vi o trigo, o milho, a soja e o algodão,
Ah! Tão branco algodão e macio,
Que arrancava até sangue da mão,
Mas era divertido molhar-se no rocio.

Belas plantas Matos e flores,
O futebol de rua os heróis,
Uma aquarela de tons e cores,
Coisas de mim e de um nós.

Aquele menino tão tímido,
Às vezes ainda acordado se lança,
Mas este foi um sonho já vivido,
Que hoje, sempre enfeita a Lembrança.

11/10/2019



sexta-feira, 28 de outubro de 2016

O Ontem

Ele estava aqui,
Já não se encontra mais,
Quem perdeu-se ali,
Ontem tinha a Paz.

Passou, é só mais um dia,
Uma semana, um mês, 
Foi num ano que se fazia,
Uma coleção de ontens.

O Agora aí afora,
Já se vai sem perceber,
Um instante se vai embora,
Respire e nem iras ver.

O ontem era mistério,
Hoje está gravado na mente,
Sério, o papo é sério,
Nem tudo na vida se sente.

Uma mentira e nada resta,
O ontem sabe a verdade,
O hoje é só uma festa,
Seu convite é à saudade.

Vai passar e tudo passa,
Não esquecer é opção,
Viver para sempre é sem graça,
Mas o ontem cortará o coração.

Ontem estas palavras saltaram,
Da mente para um teclado,
Elas todas assim se juntaram,
Para dizer que “O Ontem” é Passado.

28/10/2016


Base de Imagem: Ilustração, O Retrato de Dorian Grey de Oscar Wilde



quinta-feira, 31 de julho de 2014

Passado

Melancolia, olhar pra traz,
Num ou outro olhar, dias a frente,
O medo, o sonho ou a paz,
Coisas que mexem com a mente.

O Futuro o que será,
O que vai ser de toda beleza,
O que o amanha trará,
De onde vira nossa riqueza.

De volta as minas do passado
Garimpando o ouro perdido,
No pensamento alado,
De tudo que já foi sentido.

O grito sai mudo da garganta,
O futuro a Deus pertence,
Feliz é a voz que ainda canta,
E todo aquele que ainda pense.

Leva onde o Destino deixar,
E me entrega o presente,
Seguro e em si confiar,
E recriar o que se sente.

O passado Espelho das almas,
Herança de todo ser vivo,
Fonte é de toda Calma,
E causa de Todo Suicídio.

Deixa a alma voar livre,
Acalma o peito e sorria,
É feliz quem o passado revive,
Pra aprender ou lembrar a alegria.

31/07/2014


terça-feira, 9 de abril de 2013

Desgarrada Poesia

Não te cantam por n'ser bela,
És amiga da Ironia,
Presente, pobreza singela,
Desgarrada Poesia.

Amanhece mais um dia,
Cada caminho, em toda luta,
Ao trabalho com alegria,
Seguem quem, da vida desfruta.
Espere o trem a condução,
No silencio da manhã,
No bater de um coração,
Na doce sintonia de um fã.

(Refrão)
Com o sabor do cansaço,
Já se passou a manhã,
Se alimenta o ser de Aço,
Morde a sobremesa maçã.
Suando negro suor,
Do carvão tira o sustento,
Da pedra busca o melhor,
Faz sua vida do cimento.

(Refrão)
Em sua pausa vespertina,
Refresca a sede, gole de água,
O trabalho não desatina,
Engole a forca sua magoa.
Se refaz com um suspiro,
Pensa na família sustento,
Reassume mais um giro,
Pra enfrentar cada momento.

(Refrão)
Se tardar então o tempo,
O peito pulsa cansado,
Vai o relógio certo e lento,
Fazer do presente, passado.
Um sorriso, uma piada,
Leva o humor pra frente,
Não se preocupe c' nada,
Celebra o fim do expediente.

Não te cantam por n'ser bela,
És amiga da Ironia,
Presente, pobreza singela,
Desgarrada Poesia.

09/04/2013