sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A Brincadeira


Eis que o tempo traiçoeiro,
Resolveu para trás andar,
Quando me deitei no travesseiro,
Como criança fui acordar.

Na escola eu tinha que ir novamente,
E lá me reencontrei com os amigos,
Sorri, brinquei, e soltei a mente,
E me escondi de alguns inimigos.

Não vi o palhaço de novo,
Pois não me lembro de ir ao circo,
Mas vi os risos e olhares de um povo,
Que fez meu passado ser tão rico.

Mesmo na estrada de terra,
Brincando na rua de piçarras,
Mesmo nunca tendo descido a serra,
Minha praia era rica de palavras.

Vi o trigo, o milho, a soja e o algodão,
Ah! Tão branco algodão e macio,
Que arrancava até sangue da mão,
Mas era divertido molhar-se no rocio.

Belas plantas Matos e flores,
O futebol de rua os heróis,
Uma aquarela de tons e cores,
Coisas de mim e de um nós.

Aquele menino tão tímido,
Às vezes ainda acordado se lança,
Mas este foi um sonho já vivido,
Que hoje, sempre enfeita a Lembrança.

11/10/2019



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