domingo, 31 de maio de 2015

Desenhos


Rascunho papel e caneta,
Um mundo a volta girando,
Mil voltas de um planeta,
Inspiração indo e voltando.

Palavra é um doce rabisco,
Se o verso é uma imagem,
Fotografo sempre que pisco,
A poesia pintada em paisagem.

Matriz de cores sentimentos,
Eis que se fazem nesta tela,
Reflexo de vários momentos,
Imagem rude, simples ou bela.

Suas mãos colorem tudo,
Seu olhar pode trazer o Tom,
Sua boca fazendo som mudo,
Pinta o vermelho de seu batom.

Romeu, Romeu romântico Romeu,
A tela envenenada que criastes,
Mata a tantos sonhos qual o seu,
Esta imagem de contrastes.

Do romance até a tragédia,
Desenho apenas desenho,
E do heroísmo até a comedia,
Desdenho apenas desdenho.

Deixa que a tela moderna arte,
Fale de amor de dor e medo,
Desenhando em toda parte,
Imagens sem sentido dos segredos.



31/05/2015


domingo, 10 de maio de 2015

Sementes de Mãe

Sentimento de Mãe não encaixa,
Em minutos, horas ou dias,
Nem meses, anos ou imensa faixa,
Muito menos em versos Poesias.

Mãe é Palavra infinita,
E ainda assim, incompleta,
Doação divina e bendita,
Parte do bem que completa.

Mães espalham seus pedaços,
No conceber, no amar e na vida,
São elas, criadoras de laços,
Que irrigam as arvores da vida.

Mãe é mais que mulher,
É Água, e alimento,
Mãe e Alegria mãe e fé,
Grato as mães de momento.

Várias mães, coloco em Oração,
Mas levo uma flor em meu sangue,
Uma Rosa Mãe de meu coração,
Filha de sofrimento e de Fe.

Parabéns a toda Mãe e filhas,
Ciclos de um mundo melhor.
E aos filhos que sigam as trilhas,
De respeito a mulher, "Bem Maior".

Se dos céus há algo entre nós,
Esse algo é das mulheres, os Ventre,
Faça se divina, das mães a voz,
Espalhem se no mundo boas Sementes.


 10/05/2015


sábado, 9 de maio de 2015

Gaia

Geradora de vida és um ventre,
Fluindo água em sangue martírio,
Morrendo para vida ir adiante,
Mãe terra é o berço de lírios.

Todos os dias sua face dá à luz,
E ao sol intercede pela vida,
Tuas ondas mares rios a todos seduz,
Dando prazer de matar a sede bendita.

Gaia mãe onde brota o alimento,
Pisam em ti com pés impuros,
Ou descalços de inocente sofrimento,
Es também palco de pesadelos duros.

Muitos acham que podem lhe possuir,
Pensam que papel compra tudo,
Voltarão a ti de onde nem deviam sair,
Desconexos avarentos do absurdo.

Mãe de sonhos tantos filhos,
Rainha de flores e jardins,
Dona da árvore de proibidos sorrisos,
Progenitora dos Nãos e dos Sims.

Mãe de todas as mães,
Fonte de todas as crenças,
Cor de todos os clãs,
Fim de todas as diferenças.

Do pó ciclo do viver,
Mãe terra este e seu dia,
O homem para sobreviver,
Terá que aliviar da mãe a agonia.


09/05/2015



sexta-feira, 8 de maio de 2015

Ode aos Jardins e Risos

Cansado de ouvir,
Que nada vai dar certo,
Andando por ali,
Correndo aqui por perto.

Perdido entre visões,
Pensamentos invertidos,
Cansado de canções,
De ritmos sofridos.

O coração humano,
É solo fértil como jardins,
Se plantas flores, sonhos,
Colherás alegrias e jasmins.

Se não cuidar de seu jardim,
Outros virão jogar semente,
De pragas e pesadelos sem fim,
Palavras falsas de quem mente.

Cansado de ouvir,
Minha vez de gritar,
O amanhã há de vir,
Vamos jardins espalhar.

Com as flores da verdade,
Não permita ser enganado,
Nem tudo deixa saudade,
Futuro não vem mastigado.

Pense um pouco,
Questionar e preciso,
Por amor e para não ficar louco,
Cultive a filosofia do Riso.


08/05/2015