segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Pintura

Que cores definem um país,
Suas matas, seu céu, seu ouro,
Sua paz, seu sangue seu tesouro,
Sua gente, suas lutas e animais.

Verdes prados, o gado, o couro,
A vida e tudo que dela se faz,
Seu luto não desejado jamais,
Que tintas evitariam o estouro.

Numa explosão de atos formais,
Tantos seguem ao abatedouro
Parecem ignorar laços cordiais.

Que poesias trariam tal agouro,
Em versos nada convencionais,
Seja de paz o desejo vindouro.

06/09/2021



domingo, 5 de setembro de 2021

Vai Entender

Enquanto espalham rumores,
Seguem divididas, as mãos,
Sem observar a sins e nãos
Julgando detalhes e cores.

Incompreendidos os refrãos,
Quem diria haver tais dores,
O mundo em meio a fervores,
Clamores por vários chãos.

Dividem-se, entre valores,
Sofrem religiosos ou pagãos,
Preferindo armas as flores.

Famílias se afundam em vãos,
Mas unidos se vencem pavores,
Sem esquecer todos são Irmãos.

05/09/2021





sábado, 4 de setembro de 2021

Reinvenções

Um mundo reinventado,
De volta coisas esquecidas,
Memorias de cura e feridas,
O que deu certo, ou deu errado.

Tudo faz parte das vidas,
Toques finos do passado,
Talvez esqueça um bocado,
Fragmentos, coisas vividas.

Na certa o ontem lembrado,
Imagens não tão coloridas,
Reescrevem algo lado a lado.

Que presente se faz nas lidas,
Sobrescrito cada detalhe avido,
A vida paga e cobra suas dividas.

04/09/2021



sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Reino Belo

Olhar posto sobre o belo,
Vendo a arte na natureza,
Quem definiu a beleza
Da arte um paraíso singelo.

Em meio a tragédia Otelo,
Talvez pelo mundo Veneza,
Ou o ser em sua delicadeza
Buscando um perdido elo.

Talvez ato de ter certeza,
Tímido olhar paralelo,
Lado do bem ou riqueza.

Quem sabe seja o magrelo,
Ou a musculosa incerteza,
Belos reinados sem castelo.

03/09/2021