sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Desconfortável

Se tudo fosse questionável,
Onde se encontraria a razão,
Na mente, espirito ou coração,
Talvez em um lugar intocável.

Se tornaria ela uma alusão,
Um desespero tão variável,
Talvez seja desconfortável,
Saber de algo e o outro não.

Jurisprudência seria inviável,
Simples pensar será abstração,
Cada loucura inquestionável.

Cada poema uma nova lição,
Filosofia algo de irrealizável,
Ou domínio d'uma escuridão.

03/12/2021








quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Achado e Pedidos

Tantas vezes nem me achei,
Quantos dezembros vividos,
Alguns talvez mais sofridos,
Me perdi, sonhei e acordei.

Passei a me dar ouvidos,
Por saber que eu não sei,
O que pensou quem amei,
Pensamentos não tão nítidos.

O que aprendi e não usei,
Não consta como perdidos,
Entre achados já me joguei.

Fugindo de minutos bandidos,
Que roubariam o que já passei,
Caso eu não me desse ouvidos.

02/12/2021



quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

In Fluências

No organograma da existência, 
Tudo está interligado a linhas, 
O que eu tenho, o que tu tinhas, 
Tudo se trata de dependência. 

 De substancias ou pessoinhas, 
Em devidas condições, clemência, 
Em outras ate de sobrevivência, 
Talvez do Vinho ou do "Tu vinhas". 

Da vinha, da uva em entrelinhas, 
De quem manda e da obediência, 
De quem pede ou do que se obtinha. 

Da mais louca intermitência, 
Passado e Futuro dorsal espinha, 
Marcando presença por Influência.

01/12/2021



terça-feira, 30 de novembro de 2021

Em Tardes Ser

Olhares aos céus voltados,
Põe-se o astro em cumprimento,
Quão admirável é o momento,
Minutos em olhares marcados,

Dia a salvar o sentimento,
Luz e sombra atrelados,
Em uma tela enquadrados,
Imagem em arquivo, Encanto.

Entre tantos, vistos guardados,
Ao olhos agrado e acalanto,
Nuance de raios aquarelados.

Pintura que até causa espanto,
Celeste aquarela, tons sagrados,
Estendido no céu, do sol, o manto.

30/11/2021