domingo, 8 de maio de 2016

Singela maternidade

Mãe, singelo sentido,
Da vida, a origem,
Caminho, sofrido,
Olhar não mais virgem.

Mãe, suporte do mundo,
Abraço singelo,
Olhar de quem sabe tudo,
E deseja tudo que é belo.

Mãe, e misto de tudo,
Ciúme, paixão e amor,
É o perdão mais profundo,
É o mais escondido rancor.

Mãe é flor que se despetala,
A cada noite sem sono,
A cada mês de sua espera,
E a cada dia de seus planos.

Mãe é menina e mulher,
Deseja ao filho o mundo,
Mas se apega em sua fé,
Por saber um pouco de tudo.

Mãe é professora é aprendiz,
É um projeto baseado em nós,
Nem sempre a gente condiz,
Mas elas vêem o antes e após.

Mães ainda que mudos,
Recebam neste dia, abraços,
Nem todos dirão obrigados,
Mas todos os filhos serão gratos.


08/05/2016


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Pluma

Voa no ar, voa leve,
Pensamentos soltos no ar,
Levem o tudo que e breve,
Deixem o nada, Pesar.

Peso que cai já não há,
Eleva a alma num abraço,
Passem os dias e lá está,
Aumentando o desejo o amasso.

Sente se que o ar leva a alma,
E a vida dura eternos segundos,
Senta e escreve esta historia,
Já não importam os mil mundos.

Pluma paira no vento,
Paira a alma e o corpo,
E o doce e fiel movimento,
Vai e vem formando o escopo.

Tempo que une e separa,
Almas que beijam e fogem,
Ódios e amores dispara,
Eros em sua flecha ao alem.

Louco este, do Olimpo, habitante,
Tenta o amor espalhar,
Mesmo o ser mais dissertante,
Leve estará por amar.

Voa em manhã ate o sol,
Mesmo que ronde o sono,
Vale cada nascer do sol,
Leve é Sentir Humano.


14/04/2016


terça-feira, 5 de abril de 2016

Arte Inversos

Pro inferno com os sonetos,
Quem foi mesmo Camões?
A arte em toda parte efeitos,
Loucuras, versos idiotas, canções.

Um toque de vida na arte,
Um toque de arte na vida,
Morta a natureza em toda parte,
De que serve a poesia q'este recita.

Pinceladas de ironia na beleza,
No diabo, tons de divindade,
Coroas de flores nas certezas,
E tinta preta sobre o que é verdade.

Auréolas santifiquem o medo,
E o disfarcem como mero temor,
Plastifiquem as formas co segredo,
Ilumine se a dúvida com o furor.

Pro limbo com a arte
Tudo que era já não é mais
Torna se o belo objeto e descarte,
Penso logo, desisto não há paz.

Ei! O que esperas olhando,
A fama e uma jovem prostituta,
Eis ela ali contigo flertando,
Já duvida se é certa a boa conduta.

É tudo um show, De que importa?
E este não pode parar loucura,
Dante abra do inferno sua porta,
E queime a arte em sua candura.


05/04/2016


Teatro das almas

Borboletas infernais,
Levem estas almas perdidas,
Elas que sem fé, não tem paz,
Encenam, vidas sofridas.

Descansa em vida, acalma,
Não perca de vista o horizonte,
A boa fé sopra a folha da palma,
Mas não destrói a rais pivotante.

A batalha não é com o culpado,
Mas sim com a culpa,
A espada não é o cajado,
A arma e sua própria luta.

A alma cortante e afiada,
Rasga as linhas do destino,
A quem crê não há nula jornada,
Toda pedra faz parte do caminho.

A alma fortalece quando luta,
O corpo se esvai quando sofre,
A alma pode refazer sua conduta,
Sem revidar a quem da o golpe.

Perfeito o caminho destes teatros,
O último suspiro se repete em cena,
A alma atravessa a vários atos,
Por vezes é real e outras encena.

Teatro das luzes Desfocadas,
Almas repletas de toda intenção,
Se apresentam na plateias calçadas,
Num teatro de razão e de paixão.


05/04/2016