terça-feira, 31 de março de 2020

Relatividades

Contam histórias de um dia,
Contado como trinta e um,
Sem muitas canções ou poesia,
Relativo em certo lugar para algum.

Em ano de sessenta e quatro,
Uns dizem ser revolução,
Por achar ter o pais livrado,
De ideias comunistas em ação.

Outros não entendem nem a Galope, 
Por destituir o governo de Vice João
E fechar o congresso num só golpe,
Qual o intento de toda a tal ação.

Uns o Aclamam como trabalhista,
E viam nele uma chama de esperança,
Mas outros o condenaram comunista,
E e invocaram às ruas ódio e vingança.

Determinaram linhas de pensamento,
Uns alegando ordem necessária,
Outros fugiram temendo o tormento,
De uma Suposta truculenta represaria.

Pensar se tornou algo perigoso,
Mas muitos, com orgulho dizem, 
Que pensar contra era tenebroso,
E só a revolução salvaria, Amém.

Relatividades que nem a história define,
Principalmente se contraria a um mestre,
Proprietários de uma Razão que oprime,
Relativa como qualquer guerra que liberte.

31/03/2020



De Um Todo

Salve a esta grande nação,
Valha Deus, Nossa senhora,
Canto a Canto de um Brasilzão,
Rico de um tudo mesmo no agora.

Começar lá do centro de tudo,
Se tirar a vergonha da corrupção,
Queima se tudo em um Fogaréu Mudo,
Para saborear arroz com pequi na refeição.

Seguindo logo rumo ao norte,
Depois de acender o Círio de Nazaré,
Festeja entre vermelho e azul a sorte,
Na festa de Parintins com Indígena fé.

E Num cordel de palavras belas,
Padim Ciço Pede pelo Nordeste,
Do Brasil colônia em artes e capelas,
Com seus Acarajés e cabas da peste.

Enquanto Celebra outra parcela,
Com Festa em honra ao Divino,
Celebrando o carnaval em caravela,
Virando a Paulista em prato fino.

No Sul vem seu povo a Matear
Enquanto seca no terreiro seu café,
Com um belo Churrasco pra Celebrar,
A cultura e os ares de uma povo que é.

E que se integrem as tantas raízes,
De um povo que sabe o que quer,
Com tantos rostos mesmo nas crises,
Mostrando sua cara de Homem e mulher.

31/03/2020





segunda-feira, 30 de março de 2020

Ruas Vazias

Onde vai todo movimento,
Quando dias corridos acabam,
O que são sonhos ou tormento,
Onde se escondem os que pensam? 

O que são as opiniões,
Por que algumas são escondidas,
O que se encaixa nós padrões,
Qual a razão de todas as vidas.

Manifestos loucos nas ruas,
Palavras cortantes em ofensa,
E as verdades nuas e cruas,
No fundo é mãe da desavença.

Uns dizem pra trabalhar,
Outros procuram a solução,
Quem no fundo saberá pensar,
O habita no Humano coração.

As ruas vazias são mais que brilho,
Falam sobre o carinho e preocupação,
Com o próximo,  ancião e o filho,
Mostram que muitos ainda tem visão.

E respeito pelos que lhes cercam,
Ruas vazias demonstram peito aberto,
Do que se amam e ainda se cuidam,
Enchendo os lares de amor e afeto.

Tudo na vida tem seu prazo,
E com a graça dos céus vai passar,
Mãos dadas pra vencer o arraso,
E reconstruir qualquer mundo e lugar.




Em Dois lados

Ser feliz ou não ser,
Eis a questão de momento,
Estar bem e sobreviver,
Viver na sociedade ou convento.

Estar sorrindo as gargalhadas,
E ao mesmo tempos aos prantos,
O que é ser tudo ou ser nadas,
Como se vê o terror e encantos.

Ah é verdade a sociedade,
Nem sempre tolera variações,
E nem todo mundo fala a verdade,
Tem gente que oculta as ações. 

Alguns precisam de ajuda,
Ou melhor todos deveriam buscar,
Todos tem no peito uma muda,
Que é preciso saber para mudar?

Felicidade e euforia são humanas,
Tal qual angústia e as tristezas,
Facetas de existências mundanas,
E segredos da existência em belezas.

Pessoas são seres únicos, vivos
Cada qual com seus sentimentos,
Humanos não deveriam ser cativos,
Mas talvez se prendam a momentos.

Se a mente as vezes varia,
Entre o positivo e o medo,
Apoiar em alguma estrela guia,
Pode ser pra própria paz o segredo.