quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Queria

Quem dera ter o poder,
De não desejar tanto certas coisas,
De tudo que é certo fazer,
De não complicar tantas outras.

Queria ter o poder,
De não querer, ter poder,
Quem sabe assim poder,
Dar fim ao que faz doer.

Queria ter as mãos sujas,
Apenas do meu próprio sangue,
Não sentir culpa de falhas cujas,
As quais não me fazem inocente.

Queria ao mundo os abrir,
Ainda que uma vida levasse,
De longe eu iria sorrir,
Se ao menos, bem tudo ficasse.

Não posso mudar a tudo,
Exceto a mim pois, me alcanço,
Se o cada é parte de um mundo,
Me levanto depois que descanso.

Voa cada um voo de criança,
Para ser feliz como desejar,
Afinal sempre ao poeta resta,
A vontade de ao tudo inspirar.

Hei de respirar meus doces sufocos,
Talvez me afogar em algumas lagrimas,
Eternamente poetas são apenas loucos,
Tentando não se perder nas vidas e rimas.

29/11/2018




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