sexta-feira, 12 de março de 2021

O Peso das Palavras

No quintal sopra uma leve brisa,
Nela o silencio suave a tudo acalma,
As palavras cortam o vento e a alma,
Cortam o tempo segundo uma profetiza.

Palavras ancestrais trazem seu carma,
Gritam historias como a de Artemisa,
Fazem suas vitimas como o tempo grisa,
As vezes obrigam a se cumprir a Dharma.

Há palavras que quando se canaliza,
Servem de enfeite, sacrifício um Agalma.
Outra trazem um peso que ate paralisa.

A palavra certa alegra toda a vivalma,
O valor de um conceito é o que viraliza,
O bom peso das palavras é o que não desalma.

12/03/2021





quinta-feira, 11 de março de 2021

Magias do Tempo

Se o tempo pudesse parado ser,
E tudo esperasse ao que o conjura,
A magia seria mais que conjectura,
E ao humano ser eterna fonte de prazer.

Enganar a Cronos seria possível loucura,
Desejo de quem eternamente quer viver,
Enganando até seu próprio dia de padecer,
Prolongando sua estadia ainda que impura.

Se o tempo parado pudesse além do querer,
Que utopia não ceder a cronológica ditadura,
Mas a este ninguém será capaz de o deter.

Mas o passar do tempo é o que da valor ao ser,
O prazo acelera a busca pelo saber em fartura,
Afim algo poder concluir antes do próprio perecer.

11/03/2021







quarta-feira, 10 de março de 2021

Versos Preguiçosos

As palavras foram rimando lentamente,
Procurando em si fazer algum sentido,
Querendo suaves chegar a algum ouvido,
Sem pressa, nada a ser feito aceleradamente.

Elas surgiram bem após o sol nascido,
Para dizer que a pressa é mãe do descontente,
Em poucas linhas elas falaram muito a mente,
E devagar tudo pôde tomar um real sentido.

Às vezes é preciso ser mais coerente,
Aceitar que na pressa tudo é destruído,
Seria preguiça se da maneira mais inocente.

Ao acordar tarde pela calma possuído,
Toda a ansiedade não fosse negada de repente,
Apenas o momento é o que deve ser absorvido.


10/03/2021



terça-feira, 9 de março de 2021

Rios de Emoções

O que flui dos humanos corações?
Sangue, ódio, rancor, e um tal de amor,
De todos os sentidos qual causaria horror,
O que seriam as controversas maldições?

Tênue linha a dividir suas emoções,
Entre o desejo que desperta ardor,
E o arrependimento a despertar furor,
O que inspiraria as mais belas canções?

Como saber o quão frágil é cada andor,
Tudo dependo do que flui sem ilusões,
De tudo aquilo que se sente sem a dor.

Rios doces rios que afluem preciosas lições,
Desaguam onde habitam o medo e o desamor,
Refrescando os que se sentem jogados aos sertões.

09/03/2021