sábado, 21 de julho de 2012

Aperto

Seguido de um medo, inquieto,
Senti algo forte em meu peito,
Algo tão estranho e incerto,
Tao parecido com um aperto.

Senti se esvaindo os sonhos,
Senti cada desejo se perdendo,
Busquei sua mão, meus planos,
Tudo estava desaparecendo.

Eu que desejei apenas,
De ti cuidar com carinho,
Vi que de repente estavas,
Para longe de mim fugindo.

A Luz pedi Proteção,
Que sua alma envolvesse,
Que usasse meu coração
Pra que m'alma não te perdesse.

Busquei na Paz, Proteção,
Uma brisa me sussurrou,
Deus tem ela em sua mão,
E um caminho preparou.

Nesse caminho estou agora,
Sonhando e a lhe esperar,
Pra que enfrentemos aqui fora,
Tudo que a vida nos mostrar.

Sinto enfraquecer o aperto,
Sempre que sei algo de ti,
Já pulsa novamente meu peito,
E desejo ver te para sorrir.

21/07/2012



quarta-feira, 27 de junho de 2012

Soma de Ideias

Isto, sendo apenas isto,
É o que é e o que será,
Mais do que o previsto,
Algo que há de se esperar.

Isto, um ser confuso,
Misto de ideologias,
Mero sujeito incluso,
Nestes atuais dias.

Este ser animado,
Rocha criada do misto,
Mescla certo e errado,
E se auto define: Isto.

Por ter ainda sentimentos,
Que o medo ainda não roubou,
Que renascem em momentos,
Pois a vida ainda não os matou.

E se permitir, a Luz,
Deseja isto, a Felicidade,
E a Paz que me conduz,
Me mantem na realidade.

Isto terá sempre a existência,
Como protocolo da realidade,
Somando as ideias, frequência,
Em busca do que é a verdade.

E se as ideias confundem,
Paz e Luz serão caminho,
Sonho e realidade se fundem,
E jamais isto estará sozinho.

27/06/2012


terça-feira, 26 de junho de 2012

Doce maçã

Manhã serena, despertar,
Belo dia, doce amanhecer,
Quem me dera não só sonhar,
Sereno fruto, do reviver.

Paraíso, de acasos nobres,
Desejo, sonho fantasia?
Tentação das rimas pobres,
Linda imagem, "Poesia".

Parnasiano desejo eterno,
Na busca da perfeição,
Perdem se os dias no inferno,
Da tristeza e solidão.

Se me tentas o destino,
A reviver o que me dá medo,
Volto eu a ser eu, o menino,
Que tenta ter seu enredo.

E do fruto que tem doçura
Deseja sentir seu sabor,
E que se finde a procura,
Ao morder a maçã do amor.

Se do pecado é o fruto
Doce pecado, pior seria,
Passar a vida em luto,
Vendo em tudo só Poesia.

Dá me oh Luz! A bela dadiva
De preencher meu coração
Também com a doce sátira.
Do romance amor e paixão.

26/06/2012


segunda-feira, 19 de março de 2012

Simples

Provido de um medo amargo,
Em um doce momento sorriso,
Sente meu peito um afago,
Sensação momentânea de paraíso.

Na qual vejo de longe meu ser,
Este frágil monte de ossos,
Provido de tanto e tanto querer,
E perdido qual água em poços.

Eu aquele que por querer ser santo,
Assumo ser sujeito ao pecado,
Lanço sobre meu ser um manto,
Que tenta esconder o errado.

Mas desejo o amor, não a dor,
O carinho e não estar sozinho,
O prazer completo e não o temor,
A sensação doce do beber o vinho.

O arder dos corpos que se apegam,
A vontade do compartilhar desejos,
Unir forças que até a razão cegam,
Seladas no doce calor dos beijos.

A Rosa purpura há tempos descrita,
Que está nos tolos pensamentos,
E que parece ser sombra maldita,
De segredos guardados momentos.

Floresce viva e descomplicada,
Basta um olhar um sorriso,
Para a razão tornar se um nada,
E virtualizarmos um paraíso.

Alguns permanecerão nesta ilusão,
Por sorte farão do amor, "ETERNO",
Porem outros feridos sairão,
Fazendo do paraíso seu Inferno.

Simples como a realidade,
O que busco não satisfaz,
Pode irritar outros, Verdade,
Mas a mim trará alguma Paz.

19/03/2012