terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A Culpa

A cena do crime,
Olhares perdidos,
Nada se define,
Procuram-se bandidos.
Vitimas farsas reais,
Olhares vazios,
No que cremos mais?
No chão vertem rios.

A sede satisfaz?

Culpa sua? Minha?
Pensar em paz?
Parar no tempo?
Pior que a epidemia,
Que espalha pelo ar,
É o medo, a impoesia,
Capaz de tudo parar.

Culpa dele, culpa dela,

A quem vou culpar?
Enquanto, pela janela,
O mundo vai passar.
Sentado na praia,
Disse-me o mar,
Que mesmo a vaia,
Deve me encorajar.

Culpa deles, louco,

O crime aconteceu,
Não houve morte, tampouco,
Valor algum se perdeu.
Veio o vento a brisa,
Olha aquela bela flor,
A culpa é uma Poetisa,
Que ironizam na Dor.

Culpa Nossa? Talvez,

Culpa minha? Certeza.
Inocente, desta vez,
Se usar da destreza.
A pena pelo crime,
Estar mais preso a mim,
Pois nem Deus, me reprime,
Quando o sorriso é meu Fim.

Meus Juízes absolveram,

Toda a culpa, pra me alegrar,
E minha divida, com Ele,
É paga ao voltar a Sonhar.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

É Tudo ou Nada (Viraall vira-lata)

É tudo que quero,
E o que posso é nada,
É tudo em protesto,
Vira all, Vira lata.

Na manha seguinte,
Do dia anterior
Acorda-me a TV, requinte,
Vem botando o terror.
Assalto a mão armada,
Que bela armação,
Entregue a sua espada,
Aos guerreiros Cão.

Na semana passada
Dos dias perdidos,
Quanta grana desviada,
E lançamentos sortidos.
O que quero custa caro,
E nem posso ter,
É caro ter um carro,
E claro é caro sorrir e viver.

E no mundo futuro?
O barato é louco?
É tudo inseguro?
O seu muito é pouco?
Olha o lançamento?
Tu não podes perder?
Pra que sentimento?
Comprar é Viver...

Meu caro Viral,
Que voa nas redes,
Não me faças mal,
Não me mate de sedes.
Se o novo é tão bom,
Por que a saudade?
Se o velho é canção,
Pra que novidade?

É tudo que quero,
E o que posso é nada,
É tudo em protesto,
Vira all, Vira lata.
Nas ruas caminham,
Tanta gente perdida,
Uns amam sozinhos,
Outros odeiam a vida.

Viral vira-latas, vira tudo,
Vira all o que, quero,
É só soltar um grito mudo,
Pra mudar melhor, espero.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

No Princípio

“No Principio Era o Verbo”,
E o que era o verbo senão o Fazer,
Enxergue e Veja quem não é cego,
Que Poder há em um viver.

Tudo começou de Uma Magia infinita,
De um “faça se” e Eis que se fez,
Assim como toda Força Bendita,
Tal qual uma fé naquilo que Crês.

Mas então bastara querer eu que se faça?
Pois sempre quis tudo e nada tenho na mão,
Seria eu ser de uma tão grande Desgraça,
Que culpa recai em meu coração?

Disse-me um dia minha companheira a Poesia,
Desejas a Rosa que ao Mundo pertence,
Desejos Vazios não trazem nenhuma Alegria,
Já tens o que queres teu espetáculo circense.

Em resposta lhe disse com certa Nostalgia,
Desejarei eu apenas “Panis ET Circencis” então,
Disse-me ela Gritando neste incerto dia,
Deves desejar com Corpo, Alma e Coração.

Então Desejei meu Amanha em Felicidades Plena,
Mas ela disse que neste plano desde seu inicio,
A Plenitude não poderá entrar em Cena,
Pois não e pertencente ao Humano Principio.

O Gênesis do Amanha e o Presente,
Então use Seu poder do Faça-se agora,
Deseje o que queres Plantar e Plante,
Mas não se Preocupe demais com a demora.

Nem tudo e como a gente Deseja,
Desejo e como a Paixão ardente,
No momento e tudo pra quem Beija,
Mas pode ser ódio e medo pra quem mente.

Origem do Verbo a Principio não se muda,
Principio da Origem verbal em sintaxes,
Desejo que inocente que és não se Iluda,
Pois o Futuro pode ter muitas Faces.






Prólogo

Deveria eu Apenas dizer algo do que se diz?
Fazer Algo do que se faz?
Desejar Algo do que Se Deseja?
Sonhar Algo do que Se sonha?

Tão Vazio e cheio de nada.
O que e o Vento?
Se não o Ar em etéreo Movimento?
Às Vezes Brisa, às vezes intenso.

Pois entre Sonhos Mortos,
Desejos Findos e medos infinitos,
Gozai da desgraça alheia dos fatos,
Oh Ébrios Demônios com seus Gritos.

Mas o Anjo de Trevas que se desfaz outrora,
De Cinzas renasce e neste místico momento,
Prepara-se em sua agora nova forma,
Para se Tornar Ar e mensageiro do Vento.

A poesia, eterna sempre será, dia após dia,
Não importa quantas vezes me matem,
Ela ressurgira em tristeza ou Alegria,
Pois as palavras sempre se refazem.

E eu este pobre ser, Rico de si próprio,
Faço de um argumento, solitário desejo,
Que a Luz sobre este Poeta Sóbrio,
Se faça tão consoladora quanto um beijo.

De Forma que renasça em mim a Dor,
E Unindo em um só Feitiço, Magias,
Devolva junto a meu peito o Amor,
E me traga o Prazer em seguintes dias.

25/11/2013