sábado, 25 de janeiro de 2014

Para Tudo

Silêncio,
Meus lábios,
Não se calam,
Eu trago a marca da Revolução.

Salve minha São,
São tantos rostos,
Salve Coração,
São Paulo de todos os gostos.

Doce terra da Garoa,
Cidade que não para,
Todos param, gente boa,
Tanto trabalho de se admirar.

Salve SAMPA com chorinho,
E cultura por todos os cantos,
Salve, salve seus meninos,
Que de engraxates tem encantos.

A meiga malandragem paulistana,
Da graça mineira o sorriso nortista,
Sotaques do sul e jeito indígena,
Olhar ítalo ou Oriental, gente Paulista.

Parabéns por sua mistura,
Baião de dois ou de milhares,
Essa são Paulo das Culturas,
Que a cada dia atrai mais Olhares.

Aos que são e aos que,
Se Fizeram Paulistanos.
Feliz seja São Paulo,
Por este e por todos os anos.

25/01/2014


sábado, 28 de dezembro de 2013

Tenho

Tenho medo, coragem,
Ainda é cedo,
Tão poucos agem,
Tantos segredos.

O ontem o hoje,
O que espero?
Do que se foge,
Qual teu esmero.

Tenho medo,
Do que fui,
Do que serei, cedo,
E o que se inclui.

Ontem e amanhã,
Nem existem aqui,
Se toda mente for sã,
Muito se vai construir.

Medo tu que és rei
Em toda mente guardado,
Fazes estender o que sei.
E te usas presente o passado.

Medo ao ser humano,
É alimento domínio,
Se faz desalento
Ferramenta do desígnio.

Só há segredos, sonhos,
Se a vida permite, atenta,
Se o homem faz seus planos,
E ao insistir ele sempre tenta.

Então, olha o horizonte,
Refaz o brilho do olhar,
Realinha as suas fontes,
Para em quatorze sonhar.

Sem medos
O pensar é vitorioso,
Constroem futuro seus Dedos,
E tudo se faz glorioso.

28/12/2013


segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Homo sapiens

Se eu não sentisse nada,
Eu não seria humano,
Outro conto de fada,
Sem o encanto profano.

Sou homem me excita o beijo,
Sou quente, quero o abraço,
Sou árduo fervo em desejo,
Tesão me acende sem laço.

Sou humano a carne queima,
O mais, dócil pensamento,
Contra o Sapiens a gente teima,
E tão bom curtir momento.

Respeito precisa reinar,
É tão bom sentir, querer bem,
Antes o respeito no olhar,
Do que ao desespero dizer amém.

Se o homem age com sabedoria,
Garante um futuro inteligente,
Quem busca ter tudo um dia,
Perde o que teria pela frente.

Ciência da paz respeito,
Desejos podem ser controlados,
Amar e mais que um direito,
É a cura aos desesperados.

Se a luz, me permitir,
Quero sentir a alma pelo ar,
Amar e fazer sorrir,
Que isso não seja só sonhar.

16/12/2013


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Valsa das Vidas

Dança comigo essa Valsa,
E já não me importará,
Se é dia ou noite falsa,
Se é claro ou escurecerá

Toma minhas mãos com paixão,
Me abraça com a ternura total,
Fecha meus olhos de ilusão,
Já não importa o bem ou mal.

Baila em meu semblante,
Domina meu olhar e rosto,
Rouba me cada instante,
Cobra-me da vida o imposto.

Dança comigo na alegria,
Ri das minhas tristezas,
Tu que em alvas vestes do dia,
Es a alma negra das proezas.

Ludibria meus sentimentos,
Diz me que não preciso,
Viver na vida momentos,
Nem saborear meu sorriso.

Concede-me a benção, desgraça,
Do insensível, forte coração,
Que para viver, sonhos destroça,
Com qualquer desejo e paixão.

Dança comigo essa noite,
Seu nome apenas não saberia,
Te chamam de mente e de açoite
Te apelidaram de uma poesia.

Mas, sei que és solidão,
És saudade do que nem tenho,
Castigo dos que se vão,
E aos que ficam és desdenho.

É a alma do anjo caído,
A maça de Adão e Eva,
A tentação do Paraíso,
O Desejo, a luz e a treva.

Mas, dança comigo essa manhã,
Nessa multidão tão perdida e só,
A Valsa das vidas mais sãs,
Antes que voltemos Ao Pó.

11/12/2013