domingo, 13 de abril de 2014

Paradigmas

Se vivo estou... pare não diga,
Oh céus!
Inferno de paradigmas.
Direito, A quem se indigna,
Direto,
A quem se fascina.
Dito e feito,
Com defeito,
Tão perfeito,
O Imperfeito.
Se vou,
Tenho que voltar,
Se fico,
Tenho que andar.
Para onde, me mostre o caminho,
Esconde,
Você só deve andar sozinho.
Mas não se isole,
Isso e antissocial,
Grite e se cale,
Faça bem, o mal.
Paradigma,
É ser e também não ser,
Em sigma,
Somar e também não ter.
É se explicar,
Confundindo a mente,
E complicar,
Com a explicação.
Retrocesso,
Para frente,
Sem réu processo,
Inexistente.
Seja o que for,
Fique um pouco mais,
Use o amor,
Ao Ódio ou a Paz.
Se vivo estou...
Pare não diga,
Oh céus!
Inferno de paradigmas.

13/04/2014

sábado, 12 de abril de 2014

Pessoas

Pessoas, esses seres,
Pessoas sim, elas me assustam,
Elas cheias de si nos dizeres,
Vazias de paz, elas discursam.

Pessoas, definitivamente,
Elas me dão medo, duvida?
Elas são indecisas na mente,
Maioria, mente mas diz que muda.

Mudas, pessoas me assustam,
Se calam para expressar sentimentos,
Mas se se irritam, elas gritam,
E acabam com tudo em momentos.

Pessoas sim pisam e se deixam pisar,
Umas batem, outras apanham,
Umas concebem, para outras matar,
Muitas ferem, poucas curam.

Pessoas esses humanos malditos,
Que um Deus os abençoou um dia,
Mesmo Seu filho morto aos gritos,
Elas não entraram em harmonia.

Pessoas, que aclamam e blasfemam,
Pessoas, que pedem em oração,
Que rimam, condenam e perdoam,
Mas não se alegram no coração.

Por que é tão difícil abrir a cortina
Parecem gostar das trevas.
Se divertem tanto com a morfina.
São como novos Adãos e Evas.

12/04/2014


sexta-feira, 11 de abril de 2014

Sem Parar VP

É logo adiante,
Sem parar vai ofegante,
Sem pensar, confiante,
Se parar perde o instante.

Pera...
Esperar,
Eu já não posso,
Sem parar eu já demoro.

Volta...
Esse tempo,
Não tem pauta,
O que passa,
Jamais volta,
Se perde a métrica,
Sem escolta,
Parte a rima,
Quebra e volta,
Quase rima,
Fecha a porta,
Escrevo mais?...

Poxa vida,
Já tá aqui,
Tamanduateí,
Tô chegando,
Tô rodando,
Metro, ônibus, voando,
Avião no céu,
Passando,
Oh semana passageira.

Para...
Já fui já vou,
Fecha a porta,
A geladeira,
Vem entrando,
A noite inteira
Calma, calma,
Desce gente,
Terminal Vila Prudente.

11/04/2014


sexta-feira, 4 de abril de 2014

Protagonismos

Você que já perdeu a fé,
Se esconde nesse desespero,
Não sabe nem quem você é,
Vive em seus pesadelos.
Acorda, pois essa é a hora,
Sua alma é a única riqueza,
Pare de mendigar por esmola,
Levante e use sua destreza.

Saia da minha frente,
É hora de estar lado a lado,
Desista de ser só indigente.
Pare de chorar o passado.

Pequena e nossa existência, verso,
Não acha? Que é muita pretensão,
Pensar que algo no Universo,
Se importa em te dar contradição.
Criamos nossos demônios,
E achamo-nos deuses do tempo,
Brigamos com nossos hormônios,
Enquanto envelhecemos por dentro.

O campo agora está florindo,
Hora de colher a rosa do sonho,
A vida sempre se esvaindo,
E nós em nossos planos.
Cuidado quando olhar o passado,
Não fique preso as raízes,
Não seja um ser amargurado,
Nem deixe se condenar aos juízes.

O tempo voa o vento leva,
Vagando voa e esvai,
Vexame e se velar em treva,
Vacilo vero de quem se vai.
Vê se olha e vê direito,
O caminho segue adiante,
Vai seguindo vento voa,
Pois esse pode ser o último instante.

Saia da minha frente,
É hora de estar lado a lado,
Desista de ser só indigente.
Pare de chorar o passado.

04/04/2014