sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Vésperas

O amanhã é tão incerto,
Que você de vésperas, vive,
Não importa o quão perto,
De vésperas é que se sobrevive.

Às vésperas do nascer,
Às vésperas do sonhar,
Às vésperas do viver,
Às vésperas do realizar.

Somos loucos assassinos,
Matamos pessoas em nós,
Somos anjos caídos, mas divinos,
Do hoje, do ontem, e do após.

Já conheci tanta gente,
Que morreu em uma mesma pessoa,
Desde um sorriso inocente,
Até paixão louca e atoa.

De véspera é que se vive,
E já que é preciso que se mate,
Melhor que do mal se prive,
Do que nutrir ódio escarlate.

Vermelho do sangue, do rancor,
Azul véspera da calma e paz,
Prefiro o celeste, amor, a cor,
Que me guie a planejar o que jaz.

Em Sigmas de um doce coreto,
A canção seja um ritmo festivo,
Às vésperas do que não é soneto,
Mas versos que nutrem um ser vivo.

08/08/2014


Nenhum comentário:

Postar um comentário