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quinta-feira, 13 de maio de 2021

ABOLIÇÕES (Um Sarau de Verdades)

Recitando ao Poeta dos Escravos, 
 A honra de ser deles considerado, 
 Mas, Poesia da Liberdade é seu legado, 
 Muito além da Áurea Lei e seus conchavos. 

 Quantas escravidões vivas do passado, 
 Ainda por abolições esperam uns avos, 
 De um todo dividido em dias tão bravos, 
 Os pesos das diferenças ainda é brado. 

 E fala mais alto que os agravos, 
 Agravando ainda mais o inesperado, 
 Quantas abolições ainda em cravos. 

 Das mortes em coroas de flores, flavos, 
 Amarelados como o antigo documentado, 
 As abolições pendem para além dos escravos. 


 "Poema do Livro Um Sarau de Verdades - (2020)" 
 




quarta-feira, 13 de maio de 2020

Alvas Camélias

Flor de tão rara beleza,
Alva flor de nobres jardins,
Simbolo de rebelde natureza,
Em verdes terras Tupiniquins.

Antes do romper dos grilhões,
Entre correntes de pensamento,
Nas lutas contra as Escravidões,
Das tristes mentes e do momento.

Uma Flor Branca de negra raiz,
Fruto do trabalho e da terra,
Invadia um Brasil que então quis,
Declarar a sua indecência uma guerra.

Das mãos de um mulher a caneta
Em tempo que pouco se ouvia,
Um ato faz soar uma trombeta,
De liberdade ao negro com alegria.

Alvas flores quanto serviram,
Para declarar e unir pensamento,
Brancas Camélias Anunciavam,
O partilhar de humano sentimento.

Quanto se fez de sacrifício,
E o quanto se usa da ignorância,
Para escrever de bom o maleficio,
Qual o oficio da injusta ganância.

Há homem que justifica seu erro,
Diz ser superior ou raça pura
E ha quem defenda o preconceito,
Será que foi abolida a escravatura?


13/05/2020