segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Memorial


Em tudo que há de presente,
O passado tem algo ligado,
O corpo a alma ou a mente,
Haverá algo relacionado.

E em lembrança do que é,
Algo no futuro também será,
São memórias de razão e fé,
Que permitem ver o que virá.

Um tríduo de equilíbrio pleno,
Entre os tempos existentes,
Das vidas o eterno templo,
Futuro, passado e presente.

Um divagar de ideias soltas,
Que ao leigo é sem sentido,
Como se a estas fossem outras,
Ideias dos que tem sobrevivido.

Mero som de almas mortas,
Anseios sonhos perdidos,
O que ontem eram portas,
Hoje são muros erguidos.

O fim ou o início do outro lado,
Aos que ficam a esperar, resta,
Rever o que foi antes sonhado,
E aos poucos a cortina se cessa.

Em memória do ontem,
Vive se o hoje distante,
E que os dias se contem,
Para um futuro não brilhante.

06/02/2012



quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pesadelos

Duas linhas paralelas,
Não devem nunca se cruzar,
Viver é sempre uma delas,
A outra linha é o sonhar.

A beleza da flor não eterna,
O sol no céu lindo, sorridente,
A amizade bela, doce e terna,
O dia claro, porém, quente.

As flores que murcham, padecem,
O raio ardente de sol queima,
Falsas amizades reaparecem,
E todo dia traz novo dilema.

O sonho é poético, harmonia,
O real é patético, ilógico,
O sonho da ao peito alegria,
O real deixa cérebro caótico.

E se por acaso tais linhas se cruzam
Causas reais plenas e puras,
Nos sonhos pesadelos se tornam,
E na realidade se tornam loucuras.

Ver em tudo beleza é insano,
Mas ser demais realista e arriscado,
Viver sonhando é bem humano,
Loucura são pesadelos realizados.

A beleza da vida,
Plena apenas será,
Se entre essas linhas,
Puder a mente pairar.

Que a ausência dos sonhos,
Não se torne pesadelos,
E que a presença dos planos,
Permita realizado vê-los.

Triste manha Julina,
Que anunciou sua partida,
Descansa Azul, Rosa Menina,
Que fostes por alguém querida...

02/02/2012


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Má Temática

Em que se baseia a lógica?
Num belo dia de sol, ilusão.
Onde a variada ótica.
Remete a qualquer discussão.

Um olhar de otimismo,
De um bom dia chamará,
Já aos olhos do lirismo,
Um lindo dia de sol será.

Aos olhos do pessimista,
O calor vai incomodar,
E ao homem trabalhista,
Um difícil dia vai se tornar.

Um dia de nuvens e frio é bom?
Ledo engano do pensamento.
Às opiniões, se somam um tom.
E mudam a todo o momento.

Dividem ideias perdidas.
Discutindo opiniões inúteis,
Perdendo os sentidos das vidas,
Em meras opiniões fúteis.

Mas quem duvida do certo?
Multiplicando nulas equações,
Eh melhor ser sempre inexato,
E aproveitar varias situações.

Já que os números reais,
Mudam a todo o momento,
Estes se tornam naturais,
Na intersecção do esquecimento.

30/01/2012



sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Lírio de Sentimento

Uma Rosa, um diamante, pedra, Flor Luz,
Um ser só, disperso em busca do sonho,
Uma busca, uma direção que Conduz,
Apenas um desejo, a ausência de um Plano.

E o Sentir do que trata coração pulsando,
Quem vivo está, vê perder direção,
O que é o amor, quem assume o comando,
Quem entende o que dizem ser Paixão?

Será que há algo de bom mesmo no amor,
Sentimento tão forte que leva ao paraíso,
Mas também pode trazer inferno e dor,
E em segundos apagar o mais denso sorriso.

Quem imaginou tal sentimento um dia,
Fez com ele um escopo da Saudade,
Escreveu nele mil versos, sem Poesia,
Pra serem recitados no campo ou cidade.

Dizem que para o amor não há distancia,
E que ele desconhece tempo ou idade,
Mas muda de forma em certa circunstância,
E prevalece com respeito e Sanidade.

O amor ainda que desperte desejo ilusões,
“É como fogo que arde sem se ver,”
Já dizia em verso, tal de Camões,
E sem pedir permissão, invade o viver.

Por vezes pra não ser Doentio,
Torna-se um épico escravizar,
Até que seu Poético sonho Vazio,
Faça o apaixonado, a verdade enxergar.

27/01/2012