quinta-feira, 18 de setembro de 2014

De Marte

Levanta os olhos,
Vermelhos do sono, cansaço,
Junta os espólios,
Nervos que não são de aço.

Ou seriam talvez?
Nem sei, nada sei,
Muito tudo, outra vez,
Sem Coroa, ser, meu rei.

Meu decreto mais severo,
Siga! A mente viaja,
Amanhã vai ser melhor espero,
Nem quero preta tarja.

A realidade assusta,
Mas serei eu, mais forte,
Tenho a luz, nessa luta,
Na terra, guerreiro de Marte.

Não marque, serei apenas fatos,
Só sei, que nada sei,
Meu nada, meu tudo em barcos,
Navego entre egos e aprenderei.

Pobre é o que acha ter tudo,
Eu coleciono cometas.
Às vezes tímido e mudo,
A mente ouve as trombetas.

Tropeço e a queda faz parte,
O todo é feito de Instante,
Prazer, Guerreiro de Marte,
Amigos me chamam pelo nome.


18/09/2014


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