terça-feira, 11 de outubro de 2016

Não Tão Santa lá da Inha


Acorda que a corda,
O pescoço já aperta,
Levanta que a vida é... Moda
São Pinóquio da inverdade.

Por que tudo parece distante?
Santa Narcisa da vaidade,
Rogai pela luxuria gestante,
No ventre da humanidade.

Tanto nasce, Santa Sorte,
Tanta coisa Perdida,
São Longuinho, perca se a Morte,
Três pulinhos pela vida.

E o profano tão sagrado,
Ato de sonhar e querer mais,
Perde se no insano passado,
Santa Tosse, meu São Brás.

Doces Cosme e Damião,
Quem perdeu a Santa gula,
Alimenta se alma do Coração,
Já o Medo a Gente Pula.

Santa Insana, Falsidade,
Aonde vão tantas promessas,
O inverno é a mais fria idade,
Onde o Santo veste às pressas.

Nas preces de quem nem reza,
Oras bolas quem se importa,
Belezas nem põe na Mesa,
Á entrada da Não Santa Porta.

11/10/2016



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