terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Apoteose no Chão

Salve salve os que não são,
Deuses nem semideuses,
Mas que desfilando estes vão,
Se destacando entre luzes.

Falam das memorias do povo,
Dos fatos que estão vendo,
Convocam a plebe ao novo,
Com seu Teatro envolvendo.

Abrem as portas do céu e inferno,
E ate do olimpo tiram figuras,
Num Carnaval quase que eterno,
Escondem nas mascaras faces duras.

Em Minutos dão ar de beleza,
Em outros relembram a dor,
Contrastes de festa e tristeza,
Por atos de um tal desamor.

Canta ate perder a voz,
Cada bloco ou escola,
Gritam o antes e o apos,
Mesmo que não deem bola.

E o canto escondido na mente,
Revela uma apoteose mais real,
Onde desperte o que se sente,
Entre ponderações de um bem e mal.

Mesmo que seja um festa 
Se o homem puder ser humano,
Saberá o tempo que lhe resta,
Não se tornando só com Momo.



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