quinta-feira, 18 de junho de 2020

Poeta Anômimo

Escrevendo torto,
Em retas linhas,
Pelo mar morto,
As vidas definhas.

Inspiração desconhecida,
Palavras mais loucas,
Em uma sã Vida,
Entre vozes roucas.

De quem eram,
Aquelas palavras,
Que desesperam,
Qual fogo em águas.

Alguém que nem era,
Vai aprender a ser,
Enfrenta a qualquer fera,
Para não desaparecer.

Um leão a cada dia,
Achou melhor não matar,
De cada um fez poesia,
A selva toda quis declamar

Anônimo como o vento,
Nem sempre visto, sentido,
Sem rosto louco tormento,
Imagem do que é vivido.

Escrita um dias a biografia,
Talvez não diga o seu nome,
Mas alguns verão sua poesia,
A vida seu ser pois consome.

Quem é ele? uma lacuna,
Preenchida com puro animo,
Jogado entre pedra e runa,
Só mais um poeta Anônimo.

18/06/2020



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