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domingo, 16 de outubro de 2016

Quanta Gente

Flores sim, delas eu falei,
E nas ruas quanta gente,
Sem ver beleza eu sei,
Sem sorrisos, Ausente.

Eles riem, mas não amam,
Infelizes em seus mundos,
Solitários proclamam,
Em seus prantos profundos.

O vazio auto cultivado, 
Em suas almas vazias,
Com a solidão lado a lado,
Se perdem em planilhas. 

Calculando seus medos,
Somatizam o prejuízo, 
Guardado em seus segredos
Exibem falsos sorrisos.

Quem são eles então,
Por que tanta gente perdida,
Onde escondem o coração,
Por que tanta gente sofrida.

Multiplica por mil esse povo,
Que duvida até da sombra,
Mas que repete de novo,
Tanto erro que até assombra.

Quanta gente se achando sábio,
Só sabendo que nada sabe,
Palavras ditas só com o lábio
Quanta mentira ainda aí cabe?

16/10/2016

Base de Imagem: Operários de Tarsila do Amaral

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Ser

Criado do pó da terra,
Com a água então dividida,
Barro em sua própria terra,
Soprado com ar da vida.

Ser, apenas um ser,
Se é então deve pensar,
Se pensa deve viver,
Se vive pode sonhar.

Moldado de água e pó,
Com sopro do ar divino,
Criado para não estar só,
Mas por egoísmo perdido.

Aquele que sem o verbo,
Não passa de animal,
Perde se se não tem credo,
Capaz de usar bem e mal.

Recipiente de vazios,
Vaso de terra sem semente,
Capaz de mudar cursos de rios,
Mas não domina ainda a mente.

Poeira viva que se desfaz,
Espírito de uma força maior,
Que faça acontecer paz,
E torne o mundo melhor.

Adão Eva e o mundo,
Ideia de Criação concluída,
Mas o medo mais profundo,

É quando Barro não se faz Vida.

26/11/2014