Ruinas

Por terra tudo que polui,

A meta tem que ser ser feliz,

O mundo só e concreto no aqui,

A vida só se repete ao pedir bis.

Outros planos e momentos,

Sabendo que sempre há limites,

Mas que se quebram com os ventos,

E se não se quebrarem tu que grites.

Todo esse falso cristal,

Faz parte de uma reflexão,

O que se vê como bem e mal,

Esconde algo de conspiração.

Quem diria tantos impérios,

Ruíram com suas metrópoles,

Mas ainda vivem os mistérios,

Que enriqueceram as Tais Polis.

A ruína dos templos sagrados,

Que a imagens prende o homem ,

O sacrificar-se em santo desagrado,

Em nome das virtudes que somem.

O subtrair da sanidade,

Em nome dos caros remédio,

A cura para a desumanidade,

O alívio para as dores do tal Tédio.

Ruínas de tantos desgovernos,

Que ainda hoje mata o eleitor,

Que briga pelos que vestem ternos,

Atenção, atenção: "Mais amor por favor".

23/03/2020

Vale uma vida

Dizem que tudo e pouco,

Que nem chega a Tempestade

Melhor ser chamado de louco,

Mas chegar vivo até a verdade.

Minimizar um problema,

Pode ser um tanto arriscado,

Mas pânico não deve ser lema,

O melhor estado e o equilibrado.

Vidas se perdendo pelo mundo,

Não sejam elas jamais em vão,

Experiência revela o mais profundo,

Sejam impulso para outras salvação.

Quanto é que vale uma vida,

Independente da real idade,

Toda pessoa é de alguém querida,

Todos que se vão deixam saudade.

Em tempos difíceis se minimiza

Os efeitos de qualquer perda,

Esquecem a dor de uma despedida,

Em troca do menor mal que suceda.

Acaso existe mal menor?

Se todo mal deixa livre a tristeza,

Possa florescer em Nota Maior,

O tom de algo com alguma beleza.

Todo desafio deixa cicatriz

E necessita de força e impulso,

Seja o valor de uma força motriz,

Cada vida paga neste sentir difuso.

22/03/2020

Influências

Deixa fluir toda energia,

Pra salvar toda a inocência,

Recarregar toda a energia,

E matar a sede de sapiência.

Ainda há pessoas sem água na boca,

Desejando poder mandar sua sede,

Não que não desejem delícias loucas,

Mas sem o que beber clamam em rede.

E a água, esta que a vida representa,

Que salva que refresca e alivia,

Benção que do calor sempre acalenta,

Não deveria jamais ser só Utopia.

Quantos desperdiçam o capital,

Sem se importar com a dignidade,

Sem água seca se toda a moral,

Sem o banho onde fica a vaidade.

Água eh fluido deste planeta,

Quem dela bebe a vida carrega,

Qual rio que vai a esquerda e direita,

O egoísmo e orgulho e o que Cega.

Um brinde pelo copo translúcido,

A única bebida pra todo momento,

Comemorem todo ser bom e lúcido,

Pelo solvente que alivia o tormento.

E se no fim o cansaço bater,

Ninguém fique seca nenhuma boca,

Deixa fluir o que é pra se beber,

E que a sanidade cure a vida louca.

22/03/2020

Apartados

Quantos ainda distinguem

O mundo por raça e por cor,

Ainda há muitos que liguem,

Mais pro que vêem que pro amor.

Não deveriam haver rótulos,

Espíritos não tem tal estigma,

E tal atitude são qual nódulos

Um câncer agindo em sua vítima.

Separados cada um em casa,

O lar é o rosto real do ser,
Arde o Espirito qual brasa,
Queima o amor ao transparecer.

Separados por distancias,
Nenhuma raça pode ser,
Considerada por heranças,
Como inferior a um viver.

Se fores capaz de enxergar,
Acima de qualquer raça,
Ninguem e digno de julgar,
Nem retirar de outro a graça.

A igualdade é lei natural,
E mesmo que aqui apartados,
Responde por seu ato cada qual,
E os seres pagarão por seus atos.

Enquanto isso alegres saudações,
A todos em seus países, suas raças,
Sejam os seres mais que nações,
Seja a bondade a voz das massas.

21/03/2020